Congresso aprova LDO para 2022 que triplica verbas do Fundo Eleitoral

Imagem: Reprodução

O Congresso Nacional aprovou, nesta quinta-feira (15), o texto-base da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2022, que prevê o direcionamento de gastos, previsão de arrecadação e medidas econômicas da União. O texto também prevê a ampliação de recursos para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (fundo eleitoral) — que passou de R$ 2 bilhões em 2018 para R$ 5,7 bilhões para o ano que vem.

Agora, a medida segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O relatório aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) prevê arrecadação líquida de R$ 1,4 trilhão em 2022 e despesas totais de R$ 1,6 trilhão. Se somar a previsão de ganhos, despesas da União e gastos com governos estaduais e municipais, o país deve apresentar déficit de R$ 177 bilhões.

Com a aprovação, os deputados aceitam as previsões de inflação e crescimento do país para 2022. Segundo documento enviado pelo Ministério da Economia, o Produto Interno Bruto (PIB) do país pode crescer 2,5% em 2022 e o índice IPCA, que mede a inflação no Brasil, pode não ultrapassar 3,5%.

Salário mínimo

No relatório final apresentado nesta quinta-feira (15), o texto considerou o reajuste da inflação calculado apenas pelo índice inflacionário, ou seja, sem aumento real. Pela previsão do Ministério da Economia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ser de 4,4% em 2021. Se calculado o reajuste, salário terá aumento de apenas R$ 47, passando para R$ 1.147.

Fundo eleitoral

Na CMO, deputados e senadores também aprovaram a polêmica destinação de R$ 5,7 bilhões para o fundo eleitoral.

O relator da proposta, Juscelino Filho (DEM-MA), incluiu em seu parecer um dispositivo que prevê a destinação de 25% dos recursos da Justiça Eleitoral em 2021 para 2022. Se somados, o valor poderá chegar à R$ 5,7 bilhões para partidos financiarem as candidaturas de políticos nas próximas eleições. Nos últimos anos, cerca de R$ 2 bilhões foram destinados para o chamando “fundão”.

Placar

Veja como votaram os deputados do Paraná:

A FAVOR

Aline Sleutjes (PSL)
Aroldo Martins (REPUB)
Christiane Yared (PL)
Evandro Roman (PATRI)
Felipe Francischini (PSL)
Filipe Barros (PSL)
Giacobo (PL)
Luciano Ducci (PSB)
Luiz Nishimori (PL)
Luizão Goulart (REPUB)
Paulo Eduardo Martins (PSC)
Rossoni (PSDB)
Sergio Souza (MDB)
Vermelho (PSD)

CONTRA

Aliel Machado (PSB)
Diego Garcia (PODE)
Enio Verri (PT)
Gleisi Hoffmann (PT)
Gustavo Fruet (PDT)
Leandre (PV)
Rubens Bueno (CDN)
Sargento Fahur (PSD)
Zeca Dirceu (PT)

ABSTENÇÃO

Toninho Wandscheer (PROS)

AUSENTES

Boca Aberta (PROS)
Hermes Parcianello (MDB)
Luisa Canziani (PTB)
Pedro Lupion (DEM)
Stephanes Junior (PSD)
Ricardo Barros (PP)

Senadores

Os três senadores que representam o Paraná, Alvaro Dias (PODE), Flavio Arns (PODE) e Oriovisto Guimarães (PODE), votaram contra o projeto.

Redação Tem com iG Brasil



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