Kajuru diz que Bolsonaro não recebeu presidente da Pfizer em 2020

A empresa nega a denúncia e presidente diz que é "mentira". Palácio do Planalto diz que não vai comentar o fato.

Imagem: Agência Senado

O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não teria recebido, no Palácio do Planalto, o presidente da Pfizer em agosto de 2020. O parlamentar não citou nomes, mas o CEO global se chama Albert Bourla. O Governo Federal firmou contrato para compra de vacinas contra covid-19 com a empresa apenas em março deste ano. A declaração foi divulgada pelo jornal Estado de Minas.

“Há fatos que a imprensa vai tomar conhecimento, há fatos terríveis. O presidente da Pfizer veio conversar com ele aqui no Brasil e ficou das 8h às 18h esperando, e, no final, recebeu a informação de que (Bolsonaro) não iria atendê-lo, em agosto do ano passado”, afirmou o senador.

Em janeiro deste ano, a empresa disse que ofereceu 70 milhões de doses de vacina ao Brasil em agosto do ano passado, com previsão de início de entrega em dezembro de 2020.

A assessoria de imprensa da Pfizer disse que a informação dita por Kajuru não procede. O Palácio do Planalto informou que não irá comentar as declarações.

Bolsonaro comentou o assunto no Twitter ainda ontem à noite. “Mais uma mentira do Kajuru. Quem seria o ex-ministro da Saúde citado pelo senador? Com a palavra aquele que me gravou, obviamente, sem autorização”.

Imagem: Anna Beatriz Anjos/iGBrasil

Segundo Kajuru, a informação foi repassada a ele por um ex-ministro que irá depor na comissão. Ele não quis dizer o nome do ministro, mas em agosto o ministro da Saúde era o general Eduardo Pazuello, que estava no cargo de forma interina. O médico Nelson Teich saiu da pasta em maio, e Luiz Henrique Mandetta, em abril.

O contrato do governo com a Pfizer demorou a ser firmado porque o Executivo não aceitava algumas cláusulas, em especial uma que garantia a isenção de responsabilidade sobre efeitos colaterais por parte da farmacêutica. A empresa, por sua vez, dizia que o contrato foi o mesmo para todos os países. O entrave só foi solucionado depois de o Congresso aprovar uma lei que prevê que governadores, prefeitos e gestores poderão assumir responsabilidade por eventuais efeitos colaterais causados pela vacina.

Redação Tem com EM



Você tem que estar por dentro!
Assine nossa Newsletter e receba notícias e novidades no seu e-mail