Tinta para cabelo e alisadores estão associados a câncer, sugere estudo

Acompanhamento feito por pesquisadores norte-americanos aponta risco aumentado de tumores de mama, principalmente entre mulheres negras

Foto: Reprodução

Um estudo feito por pesquisadores norte-americanos e publicado nesta semana no Jornal Internacional de Câncer sugere que algumas mulheres que utilizam tinta de cabelo e alisadores químicos estão mais sujeitas a desenvolver câncer de mama.

Foi identificado que mulheres negras que usavam tinta permanente (formulações que contêm água oxigenada e amônia) regularmente tinham chance 60% maior de desenvolver câncer de mama do que mulheres negras que não faziam uso. Entre mulheres brancas, esse índice foi de 7%.

Além disso, os pesquisadores analisaram os alisadores de cabelo. Foi constatado um aumento de 30% do risco de tumor de mama entre as mulheres em geral. Entretanto, eles observaram que mulheres negras costumam usar esse tipo de produto com mais frequência.

A pesquisa durou cerca de oito anos e monitorou 46,7 mil mulheres, entre 35 e 74 anos, sem histórico de câncer de mama. Foram identificados 2.794 casos de tumor mamário maligno nesse período.

Médicos ouvidos pelo jornal The New York Times disseram que o estudo não é conclusivo, embora recomendem uso moderado desses produtos.

A cientista Robin Dodson, do Silent Spring Institute em Newton, Massachusetts, identificou que alguns alisadores vendidos no mercado norte-americano contêm compostos que imitam o estrogênio, hormônio que alimenta alguns tipos de tumores de mama.

“A maioria dos produtos atualmente disponíveis no mercado não é testada adequadamente quanto à segurança e não é testada para substâncias químicas que causam desregulação endócrina”, disse ao jornal.

A Sociedade Americana de Câncer observa que as tinturas permanentes — que modifica a cor do cabelo até que ele seja substituído por um novo — de tons mais escuros “têm mais alguns produtos químicos que podem causar câncer” e que “esses produtos são uma grande preocupação em potencial”.

Redação Tem com R7



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