Deputado propõe multa de até R$ 50 mil a quem criar e divulgar fake news no PR

Multas variam de R$ 10 mil a R$ 50 mil de acordo com a reincidência.

Projeto é mais exigente com agentes públicos que divulgarem notícias falsas – Foto: Reprodução/ALEP

Um projeto de lei de autoria do deputado estadual Arilson Chiorato (PT), de Apucarana, na região metropolitana de Londrina, visa aplicar multa para quem produzir, divulgar ou compartilhar notícias falsas sobre o coronavírus e outras endemias, epidemias e pandemias no Paraná. De acordo com o documento, as penalidades podem variar entre R$ 10.000,00 e R$ 50.000,00 para quem estiver participando da disseminação de fake news.

Os valores variam de acordo com a reincidência e também é mais exigente para servidores públicos que disseminam informações falsas sobre a covid-19.

“As fake news estão no nosso dia a dia, infelizmente existem pessoas que gastam seu tempo construindo falsas narrativas para enganar e manipular os demais. São disseminadas pelas redes sociais, especialmente pelos aplicativos como WhatsApp que dificultam o controle e possibilita uma corrente de desinformação”, diz o deputado.            

Para ele, enfrentamos um momento difícil, e as notícias falsas potencializam os problemas. “As fakes se tornam uma ferramenta de divulgação de interesses ocultos”.

Desde que começou a pandemia do coronavírus, inúmeras mensagens falsas circulam por todo o país, confundindo e enganando muitos brasileiros, principalmente sobre medidas erradas de prevenção ao vírus.

“As fake news são um atraso para nossa sociedade, principalmente agora quando estamos vivendo essa situação de pandemia. É revoltante que tenha gente que se sinta bem em propagar a mentira e colocar a vida dos outros em risco. Em um momento como esse além de combater o coronavírus, precisamos combater as fakenews”, disse o parlamentar.

Leia a íntegra do projeto clicando aqui.

Notícias falsas aumentaram

Para o pesquisador e professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL) André Azevedo, as novas ferramentas de comunicação tecnológicas foram desenvolvidas rapidamente e os usuários ainda não aprenderam a lidar com a troca de informação. Desta forma, as redes sociais acabam provocando o desejo de postar, compartilhar e comentar tudo.

Em meio a um cenário delicado, como o de uma pandemia, André destaca que “muita gente se enxerga como alguém com uma missão de convencer o mundo de que ela está certa e, para isso, faz de tudo, inclusive mentir 1¤7. Segundo o pesquisador, esta prática está diretamente ligada a uma crença pessoal, política ou ideologia por um motivo maior. 

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Redação Tem com Assessoria


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